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domingo, 26 de junho de 2011

Lápide

Sobre a lápide fria e inerte,
Descansa um pensamento mais que dolorido,
Lágrimas de olhos marejados, vertem,
Numa profunda simbiose de saudade e alarido.

Busca-se um porquê, não respondido.
Um silêncio belicoso se levanta,
A dor parece tanta,
Que um coração no peito, bate corroído.

As plúmbeas letras talhadas,
Revelam um rei, na vida pobre e incompreendido!
Quem morre vira rei ou santo!
Essa é a verdade controvertida.

O Papel aceita tudo, a lápide também
Talvez aquele que passou na vida mudo,
Valha um vintém!

Ah! Os olhos novamente atravessam as inscrições,
A lápide continua e, continuará, fria e inerte,
O que foi, não se reverte.
E uma coisa é certa, contrapondo-se às desilusões:
Hic finis doloris vitae!

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